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Ser salvo é ser feliz


Ser salvo é ser feliz
Introdução: – Pesquisas recentes mostram que as pessoas possuem um ponto de estabilização da felicidade, um nível de alegria do qual se retorna, não importa se o indivíduo tenha ganhado na loteria, ou perdido a capacidade de utilizar seus membros. As experiências que muitos acreditam conduzir à felicidade não passam de picos de prazer que logo se dissipam.
Parafraseando o ditado, podemos dizer que depois da euforia vem o status padrão de contentamento. A neurociência, isto é, a ciência que estudam o funcionamento do sistema nervoso, especialmente do cérebro, está descobrindo que, quando as pessoas falam de felicidade, na verdade estão descrevendo estado de espírito, estão falando de momentos quando se sentem bem, em comparação a outros quando experimentam algum tipo de desconforto.
Quando a vida de uma pessoa é cheia de boas notícias, e seu estado de espírito mais comum é satisfatório, ela diz que é feliz. Isso significa que as pessoas confundem alegria com felicidade. O problema é que essa tal alegria depende de boas notícias. E isso é uma péssima notícia para quem vive num mundo onde as notícias ruins podem chegar – e chegam – a qualquer momento.
Filipenses é uma carta escrita para quem deseja experimentar a alegria apesar das notícias ruins. Poucas coisas mobilizam tanto as pessoas quanto a busca da felicidade que, em termos práticos, se resume à alegria. A relevância da fé cristã no mundo contemporâneo pode ser avaliada pela sua capacidade de possibilitar um estilo de vida que resulte em felicidade e alegria.
Sendo verdadeiro, e assim creio, que as pessoas estão correndo atrás de alegria e felicidade, é urgente que nós, cristãos, nos levantemos a gritar em alto e bom som: “Temos o caminho da alegria, encontramos a trilha da vida feliz”. Ninguém abordou melhor este tema do que Warren Wiersbe, que lê esta Carta aos Filipenses como um roteiro que nos ensina a vencer quatro ladrões de alegria:
Capítulos              Ladrões de alegria           Atitudes cristãs      Versículos-chave
Filipenses  1                   Circunstâncias             Visão                             1. 21
Filipenses  2                         Pessoas                  Serviço                           2. 3
Filipenses  3                           Coisas                  Valores                           3. 20
Filipenses  4                    Preocupações           Confiança                          4. 7
Esses quatro ladrões da alegria serão conhecidos à medida que desenvolvermos o nosso estudo. Antes, porém, vamos conhecer algumas particularidades desta epístola:
I.   PARTICULARIDADES DA ESPÍSTOLA AOS FILIPENSES.
1.      Fundo histórico.
É fato bem conhecido  que  Paulo  escreveu quatro  de suas  epístolas
quando estava em Roma, por ocasião de seu primeiro aprisionamento – Filemom, Colossenses, Efésios e Filipenses. As referências cruzadas entre elas, já que fazem menção entre si, indicam que as três primeiras pertencem ao mesmo grupo, escritas na mesma ocasião, bem como enviadas ao mesmo tempo, por Tíquico e Onésimo. Já a Epístola aos Filipenses divide as opiniões dos eruditos, quando se tenta descobrir se foi escrita antes ou depois do grupo das três. O Dr. H. C. Thiessen, no seu livro Introdução ao Novo Testamento, relaciona algumas razões que afirmam o ponto de vista de que ela foi escrita depois das outras.
2.      A cidade de Filipos.
A cidade de Filipos, hoje apenas um montão de ruínas, tem lugar de destaque tanto na história sacra quanto na secular. – Filipos estava assentada num ponto estratégico da Via Inácia, justamente onde a cadeia montanhosa dos Balcãs, entre o Oriente e o Ocidente, forma uma garganta, ou seja, uma entrada natural que facilita a comunicação entre os dois continentes.  Gozava duma posição privilegiada, fato reconhecido por Filipe da Macedônia e pelo imperador romano Augusto. Por conseguinte, acreditamos que foi por direção do Espírito de Deus que Paulo chegou ali. Se o evangelho devia atravessar os Balcãs, Filipos se apresentava como o meio de mais fácil acesso.
A cidade recebeu o nome do seu fundador, Filipe da Macedônia, pai de Alexandre Magno.      Ele a construiu para festejar a anexação duma província a seu império, vindo a servir de posição fortificada na fronteira. O rio Gangite passava a oeste, cerca de um quilômetro e meio da cidade.
O imperador Augusto (Otaviano) elevou a dignidade de Filipos, transformando-a em colônia romana. Assim ela se tornou uma povoação fronteiriça do Império Romano, fazendo lembrar ligeiramente a Cidade Imperial (Roma). Dentre outras vantagens, Filipos gozava da isenção de impostos sobre a terra, chegando a ser elevada a uma dignidade idêntica à do solo sagrado da própria Itália. Seus habitantes podiam orgulhar-se da plena posse de três grandes privilégios dos cidadãos romanos: isenção de flagelação, isenção de prisão (exceto em certos casos) e o direito de apelar diretamente a César.
3.  A igreja em Filipos.
A história da fundação da Igreja em Filipos é bem conhecida por todos nós (At 16). Chegando de navio a Neápolis, Paulo e seus companheiros, Silas, Timóteo e Lucas (At 16.10-12), seguiram pela Via Inácia até Filipos, onde havia provavelmente poucos judeus, devido ao caráter militar e colonial do lugar. Não encontrando nenhuma sinagoga onde pudesse entregar sua mensagem.
Paulo buscou a companhia dum pequeno grupo que se reunia nas margens do Gangite, fora da cidade. Em Filipos ocorreram três conversões típicas: Lídia, a comerciante; a jovem com espírito de adivinhação, escrava de Satanás; e o carcereiro, um suboficial do exército romano.
Alguns eventos, principalmente a libertação da jovem adivinha, resultaram em feroz perseguição por parte das autoridades, à qual se seguiu uma libertação miraculosa. A perseguição continuou, mesmo quando Paulo foi para Tessalônica. Os convertidos filipenses foram, então, submetidos a uma parcela de conflito e aflição, conforme Paulo relata em 2Co 8.2 e Fp 1,7,28-30.
Mais tarde, Timóteo e Erasto foram enviados à Macedônia (At 19.22) e, sem dúvida, os irmãos de Filipos devem ter cooperado com voluntariedade, pois deles Paulo dá testemunho de estarem prontos e bem dispostos a atenderem o apelo de socorro em favor dos crentes pobres e necessitados em Jerusalém (2Co 8.1-5).
No outono de 56 d.C., provavelmente, após uma ausência de cinco anos, o próprio Paulo partiu de Éfeso para visitar suas igrejas européias (At 20.1; 2Co 7.5,6), passando por Filipos rumo à Grécia. Nesta passagem, sem dúvida, os filipenses devem ter tirado grande proveito de sua presença. Alguns meses depois, ele tornou a visitá-los, quando voltava, via Macedônia, rumo a Trôade (At 20.45,6). Vêmo-los, mais tarde, enviando Epafrodito como portador de ofertas voluntárias para socorrer Paulo, que se encontrava numa prisão em Roma (2.25-30; 4.10-18).  –
Foi por intermédio de Epafrodito que Paulo enviou sua Epístola aos Filipenses. Seu relacionamento com eles era o mais amoroso possível.
4.      Data e ocasião da epístola.
A carta foi com certeza escrita em Roma durante os dois anos em que Paulo esteve preso, como o registra Lucas em At 28.3-30. A data seria por volta do ano 61 d.C. Epafrodito fora o emissário dos filipenses, encarregado de passar suas doações às mãos de Paulo (2.25; 4.18).
Desconsiderando sua própria saúde, no desejo de servir a Paulo ele ficou gravemente enfermo, mas pôde se recuperar por um milagre de Deus (2.27-30). Epafrodito, quando se apresentou a Paulo, estava extremamente desejoso de retornar a Filipos, pois as notícias de sua enfermidade deixaram os irmãos muito aflitos (2.26).
Paulo, sem dúvida, guiado pelo Espírito Santo e também influenciado parcialmente por notícias de mal entendimento entre alguns irmãos (1.27; 2.2-4,14; 4.2), resolveu enviar a epístola pelas mãos de Epafrodito. A mesma revela a profunda afeição que, de coração, nutria por eles e seu fervoroso anelo pelo bem-estar espiritual dos filipenses.
II. ANÁLISE DA EPÍSTOLA.
Consideremos nesta seção as principais características ou, por assim dizer, o conteúdo exclusivo, capaz não só de definir como dar o tom da epístola.
1.      Não trata de controvérsias – tem caráter pacífico.
Não havia necessidade de Paulo, como nas cartas aos Gálatas e aos Coríntios, defender sua autoridade apostólica, pois os filipenses eram leais a ele e também à “fé que uma vez foi dada aos santos”(Jd 3). Também afeição que tinham por ele era extraordinária e mais de uma vez o haviam ajudado em suas necessidades (4.10-18). Note que, ao se dirigir a eles, Paulo dispensa o título de “apóstolo” (Fp 1.1; comp. Rm 1.1; 1Co 1.1; Gl 1.1). – Nenhum erro doutrinário dividia a igreja, e nesse aspecto difere das epístolas aos Gálatas, Coríntios e Colossenses, enviadas da mesma prisão.
Contudo, no capítulo três, Paulo adverte contra o judaísmo e uma possível forma de antinomianismo (grego: anti – “contra”; nomos – “lei”) seria o extremo oposto do legalismo. Mas não há razão para crer que estes erros estavam realmente presentes na igreja. O desejo de Paulo era prevení-los contra tais ensinos antes que efetivamente surgissem.
2.      Sobejam notas de afeição pessoal.
Era com prazer e gratidão que Paulo orava pelos filipenses sempre que se lembrava deles (1.3-5). Ele louva a Deus pela comunhão que mantinham com ele no Evangelho (1.7). Não podia negar que sentia reais saudades (1.8). Embora o seu desejo pessoal fosse partir desta vida para estar com Cristo, ele de bom grado abriria mão disso, se Deus o permitisse, a fim de lhes falar mais sobre as coisas espirituais (1.21-26).
O profundo amor de Paulo por eles se expressa na forma como se dispôs a permitir o regresso de Epafrodito (2.25-30). Também estava disposto a abrir mão da presença de Timóteo para que fosse cuidar deles (2.19-23). Suas dádivas haviam-lhe trazido gozo e alegria à alma, sabendo que eram expressões sinceras de corações cheios de genuína afeição (4.10-18).
3.      Constitui uma carta pastoral cujo tema é a união.
Não obstante o vínculo de afeição que a mantinha unida, parece que uma questiúncula, pequena discussão, ameaçava desfigurar a beleza dessa igreja. Surgira uma “raiz de amargura” (Hb 12.15), que, se crescesse, contaminaria naturalmente a muitos. Embora não houvesse rixas por questões de doutrina, o mesmo não se podia dizer quanto a problemas pessoais de relacionamento – talvez um desgaste em função das diferentes demandas do serviço cristão.
Duas irmãs, Evódia e Síntique (4.2), pioneiras daquele trabalho, são mencionadas como as protagonistas. O sublime capítulo 2 dessa epístola, que fala sobre o sentimento de humildade que houve em Cristo Jesus e exorta cada um a considerar os outros superiores a si mesmo,  ao que tudo indica visava resolver de uma vez por todas qualquer situação que pudesse dividir a igreja. Não que o mal tivesse alcançado proporções muito grandes, mas Paulo não pretende vê-lo crescer, apressando-se em corrigi-lo.
Com a maior delicadeza, ele indica o perigo, e com a ternura própria de sua natureza cordial, roga-lhes que evitem dissensões e cultivem a mais estreita união cristã. Quanto a ele, ama-o a todos (1.1,4,7,8). Assim os exorta para que permaneçam firmes “num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”(1.27b). Se quisessem alegrar-lhe o coração, então, afastassem deles todo partidarismo e vanglória e fossem duma só mente duma só união do Espírito Santo (2.1-4).
Ele os exorta a mostrar em tudo aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o sentimento de abnegação e de verdadeira auto-humilhação (2.5-8). Assim, os convoca a pôr de lado as murmurações e contendas, resplandecendo como luminares de  Deus no mundo de trevas (2.14,15). Que as irmãs responsáveis pela suposta contenda se reconciliem (4.2,3). Que o espírito de submissão mútua substitua suas rivalidades (4.5).  Vamos pois conhecer os quatro ladrões da alegria
II.                QUATRO LADRÕES DA ALEGRIA
Alegria apesar das Circunstâncias.
O poeta Byron escreveu que “os homens são o passatempo das circunstâncias”. De fato, as circunstâncias poderiam ter causado grandes males ao apóstolo Paulo e, especialmente, roubado sua alegria e confiança em Deus, e afetado radicalmente seu estado de ânimo no cumprimento de sua vocação. Ao escrever esta carta, o apóstolo Paulo está, provavelmente, em prisão domiciliar, num período que se estende por dois anos (At 28.30,31).
As expressões “minhas cadeias” (1.13) e “minhas algemas” (1.14) noticiam que ele está algemado dia e noite aos soldados da guarda pretoriana, a guarda de elite de César, que se revezava em turnos de seis horas. O mais interessante: mesmo confinado, o apóstolo ouve a respeito do movimento ministerial. Fica sabendo que alguns irmãos pregam de boa vontade, com mais ousadia e por amor (1.14), mas também ouve a respeito dos que fazem do ministério motivo de disputas e vaidade, o que poderia trazer grande dano emocional ao apóstolo (1.15-17).
A atitude do apóstolo Paulo explica porque “as coisas – eu acrescentaria, ruins – que aconteceram” (1.12) ao apóstolo Paulo não roubaram sua alegria. As circunstâncias não são o fator determinante da atitude do cristão diante da vida. Nas piores situações, podemos desfrutar a alegria, que é fruto do Espírito, caso cultivemos uma visão correta da realidade; Primeiro, assim como Paulo não confundiu cadeias e algemas com tribulação (1.17), não devemos dar às situações adversas um status maior do que merecem. São apenas circunstâncias, e não necessariamente motivo de sofrimento.
Em segundo lugar, devemos vincular todas as nossas circunstâncias a Cristo. Paulo diz que suas cadeias são “em Cristo” (1.13), afirma que Cristo será engrandecido em seu corpo (1.20) e encoraja os cristãos de Filipos a se gloriarem em Cristo (1.26). Nada que nos afeta deve ser vivenciado sem a mediação de Cristo, pois ele mesmo se solidarizou com todas as nossas fraquezas (Hb 4.14-16).
Finalmente, devemos submeter todas as nossas circunstâncias aos interesses de Cristo. Paulo se alegra que as coisas que lhe aconteceram contribuíram para o progresso do evangelho (1.12), pois Cristo está sendo pregado, e isso é não apenas o que mais lhe importa, mas também o que lhe traz alegria apesar das circunstâncias (1.14,15,17,18). Paulo não vê a si mesmo como um prisioneiro romano mas, sim, como um embaixador de Cristo, em defesa do evangelho (1.16).
Somente aqueles para os quais “o viver é Cristo” podem experimentar alegria apesar das circunstâncias – ainda que esta circunstância seja a morte, pois, para quem vive em Cristo, a morte é lucro (1 21).
Alegria apesar das Pessoas.
A igreja de Filipos convivia com duas ameaças: falsos mestres de fora (3.1-7) e desentendimento de dentro (4.1-3). Pessoas podem roubar nossa alegria com suas atitudes, procedimentos, palavras. Pessoas podem nos ferir tanto com suas ações quanto com suas omissões. E quanto mais nos colocamos acima das pessoas, esperando ser bem tratados, servidos e agraciados por elas, mais riscos de frustração corremos. . Quanto mais nos julgamos merecedores de honras e privilégios, mais expectativas cultivamos em nossos relacionamentos.
E, sabedores de que a tendência natural das pessoas é pensar em si mesmas antes de pensar nos outros (2.4), é de se esperar que elas estarão sempre em nossa lista de devedores. Relacionamentos truncados, frustrados, e conflituosos serão sempre motivo de tristeza. As pessoas podem roubar nossa alegria, a menos que cultivemos a atitude correta.      As recomendações do apóstolo se dividem em duas partes: Primeiro ele apresenta os princípios: não faça nada com motivações egoístas e vaidosas e busque sempre os interesses dos outros antes dos seus interesses (2.3,4). Em seguida, apresenta três exemplos de pessoas que se ocuparam mais em servir do que ser servidas: Cristo, o maior de todos (2.5-11), Timóteo (2.19-24) e Epafrodito (2.25-29).  Quem deseja experimentar alegria, apesar das pessoas, deve aprender com o apóstolo Paulo a atitude correta nos relacionamentos: o serviço.
A alegria apesar das coisas.
“As coisas terrenas” (2.19) que ocupam nossas mentes e corações podem nos causar grandes sofrimentos e roubar nossa alegria. A preocupação em preservar e multiplicar as coisas, tanto as tangíveis, materiais, isto é, tocado, apalpado, quanto as intangíveis, como reputação, prestígio e realizações, pode nos trazer danos emocionais. O apego às coisas erradas é uma das maiores causas de sofrimentos. Jesus disse que onde estiver nosso tesouro, aí estará nosso coração (Mt 6.21). Geralmente, pensamos o contrário. Acreditamos que investimos naquilo que acreditamos.
Mas Jesus inverte a regra. Insiste que acreditamos naquilo que investimos. Por esta razão, devemos zelar por avaliar – considerar (3.8) – corretamente as coisas que ocupam nossos espaços psico-emocionais.
Alegria apesar de tudo o que aparenta ser bom –
Paulo, o apóstolo, faz uma avaliação criteriosa de tudo a que poderia se agarrar e decide que todas as coisas, comparadas a Cristo, não passam de esterco (3.7,8). Na verdade, Paulo mostra que o que realmente tem valor na vida pode se resumir em três grandes desejos: conhecer a Cristo, experimentar o poder de sua ressurreição e participar de seus sofrimentos (3.10).
Somente aqueles que estão conscientes de sua cidadania celestial (3.20) e olham para a terra do ponto de vista do céu, são capazes de valorizar as coisas certas, aprovar as coisas mais excelentes (1.10) e experimentar alegria apesar das coisas, ou perdas.
Conforme disse Jim Eliot:
“Não é tolo aquele que dá o que não pode conservar, para ganhar o que não pode perder”.
Valores corretos, eis mais um segredo para a alegria.
Por: Pr. Adilson Faria Soares
Adaptação e publicação: Eliseu Rosa e Portal Discípulos

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